quinta-feira, 30 de junho de 2011


A canção que toca; é aquela de quando nossos lábios se tocam e nosso corpo se encontra!

segunda-feira, 27 de junho de 2011


Penso, logo, existo. Penso em você. Logo, te quero logo. Só existo em seus braços, onde eu posso ser quem sou.

domingo, 26 de junho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

Outro Zé

O corpo atirado no chão sendo palco dos olhos daqueles que passavam por ali. Uns diziam ser Pedro, outros tinham a certeza de que se tratava de Tobias, mas o moribundo estatelado na calçada não era Tiago, Marcos, João e nenhum outro discípulo amado do mundo que o cercava. Era apenas mais um José. O ator de suas próprias estréias e diretor de algumas de suas ações, quando não de porre de uma cachaça vagabunda que lhe era oferecido. Estava ali, envolto de seu próprio sangue, aquele líquido coagulante que alguns homens trajando uma roupa cinza em nome de alguma coisa, lhe roubara. Assim como o ar, os sentidos e a vida.
Ora, aquele sujeito era um homem bom. Trabalhava de carpinteiro e deixava sua Maria em casa cuidando dos filhos para que a noite quando regressasse, pudesse educar a sua maneira os rebentos que agora não tinha pai. Faltará o homem que porventura de um destino escrito pelos outros, ensinará os valores da vida. Caíra sobre as costas dessa mulher, o fardo de semear, cultivar e colher com suas mãos já não delicadas, as flores e espinhos que a partida repentina de seu homem lhe propôs.
Crianças iludidas com uma chegada que não haverá nunca mais. Presentes prometidos que se adiaram por mais longos e ardorosos invernos e verões. Nada muda, a não ser que agora, sujeitos a ter que aprender a ser grande, quando o ofício de seus afazeres era apenas ser inocente. Quebraram-lhe a casca e prematuramente, deverão se tornar homens e mulheres grandes.
Como o sangue pintando a calçada de qualquer lugar, o coração daqueles que ficaram tingirão corpos e almas. Divididos e separados dos braços grotescos se acharam perdidos e passaram fome, frio e medo. Sentiram saudade, mas não vão chorar. Os gritos não sairão e a vontade instantânea de morrer virá a todo instante, como o ar que invade suas narinas.
A filha mais velha saíra todas as noites e no outro dia, entregará a mãe alguns míseros trocados que um trabalho secreto lhe render. O suor se misturará as lágrimas durante o dia, enquanto cuida da casa e vê sua mãe sair para cuidar de uma casa que não é a sua. Com seus dezessete e poucos anos, se tornará mulher dentro e fora de casa. É a única maneira de manter firme e não deixar que tudo caía de uma vez. Por amor a sua mãe, abrirá mão dos sonhos e viver do jeito que a vida lhe oferecer.
O homem de casa agora será um menino de apenas treze anos. Adornar-se-á com as coisas do pai que saiu e o abençoou e tomará para si, as obrigações do velho que se esqueceu deles ali. E enquanto exerce sua função; a de carpinteiro como de seu genitor, irá construindo aquele que será o depósito do seu corpo num tempo oportuno. Queimara no madeiro e esquecido também será como aconteceu com sua mãe, irmã e o resto de sua família. Uma santa e última será a ceia, antes que tudo exploda e vá para os ares. E assim, morreu o outro Zé, que mais uma vez, esqueceu de revelar o nome.

sexta-feira, 24 de junho de 2011


Vamos… com você eu vou onde quiser; sem olhar para trás, pois tenho os seus olhos para me encontrar!

quinta-feira, 23 de junho de 2011


Quem ama presenteia; então, se eu pudesse escolher, ia querer só você para sempre aqui…

quarta-feira, 22 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

Dois meses

Dois meses. Sessenta e um dias. Mil quatrocentos e sessenta e quatro horas. Oitenta e sete mil oitocentos e quarenta minutos...
Podemos contar o tempo, a hora... Mas não contamos o amor que temos.
Nasceu. Pode ser que tenha sido rápido, mas surgiu no momento exato. Acredito que o "cosmo" estava a nosso favor, por isso acredito no que existe entre a gente.
Já houve briga. Já ouve silêncio. Já houve monotonia. Sim. Houve coisas que se não tivéssemos força e coragem de continuar, já teríamos desistidos. Mas não. Há amor; há zelo; há compreensão (as vezes)... A coisas que só competem a gente e que as coisas lá fora nunca vão nos entender.
Preto. Mais do que nunca, posso dizer, redizer. Gritar. Escrever. Posso querer que faça saber, posso tudo, mas o que precisa saber é apenas uma coisa: TE AMO!
Sei lá. Somos diferentes (um pouco); mas o que nos torna o que somos um para o outro; é maior que as descompreensão; são coisas da vida, que está a nosso favor.
Entenda que eu só quero você para o resto da minha vida. E o resto da minha vida é longe. Por isso, preciso de você ao meu lado. Do seu olhar, das suas palavras... De tudo que vem de você, que me completa e me faz cada dia mais feliz.
Te amo. Te amo! Te amo mais que a mim e mais que todas as coisas a nossa volta.
Te amo para sempre! <3

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Só amanhã



Só amanhã - Caio Nijam

Amanhã.
Talvez de manhã quem sabe?
Antes ou depois do café.
No chuveiro, no quarto, na sala.
Amanhã, pode ser na cozinha.
Depois do almoço, ou após o chá.
Pode ser ao bater a porta.
Indo ou vindo depois da atuação.
No trabalho, no meio dos livros.
Não hoje.
Nem depois de amanhã.
Digo e repito: só amanhã.
De manhã, de tarde ou de noite.
Eu vou, mas por enquanto quero estar.
Antecipar não me cabe.
Nem a Deus e nem a ninguém.
Pertence a ele, o amanhã somente o amanhã.
Vou mudar, viver, sonhar...
Amar, correr, sorrir.
Pode ser que eu me torture.
Caiam as lágrimas e sangrem os meus calos.
Sim: os calos da alma.
Mas não hoje.
Por favor, amanhã. Só amanhã.
Cada coisa a seu tempo.
Amanhã.
Juro que depois de hoje.
Agora quero ficar.
Entendeu?
Só amanhã.
Amanhã. Só...
Só amanhã!

quinta-feira, 16 de junho de 2011


Se estou triste, apenas estou. Não vou me acabar nem sair gritando para o mundo ouvir. Quem me vê, sabe como estou e se estou...

quarta-feira, 15 de junho de 2011


The times people never are, but the times alone we’re for a person… I am alone for it!

terça-feira, 14 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011


One day you go to understand… I know that he goes to understand and he goes to act: he kisses me. You kiss.

domingo, 12 de junho de 2011


And I wait for you. E I don’t get tired myself to wait. The open door I go to leave. If to want, can arrive…

sábado, 11 de junho de 2011


Dizem que é pecado homem pegar outro homem…
Mas eu não ligo. Dizem que já nasci com um pecado.
Então; quero seu beijo, seu corpo…
Ser o rapé que o seu nariz cheira; a bebida que você bebe.
Sua cueca. Sim, desejo no meu íntimo ser sua cueca e sentir você mais intimamente.
Seu líquido quente em mim. Algo rígido a me despertar. Te quero.
Te desejo; te… Goza em mim!

A vida desmanchada com a ida

O grito de desespero tornou-se silencio dentro de mim e só consigo me lembrar do rosto desolado da pequena Beatriz, nosso filha, que juntou suas delicadas mãozinhas e pôs-se de joelho do lado do corpo de seu pai e de mim, estirada também ao chão em alma.

Agora, alguém que eu estava acostumada a ter junto de mim e do corpo que carrego, simplesmente parece ter me esquecida trancada nesse quarto que cheira o seu corpo e voado para um lugar de onde não mais ouvirá as minhas lamentações.

sou obrigada a velar na nosso quarto, onde sacramentamos nossos sonhos e eternizamos jurar de amor, o homem que me tirou ainda menina dos braços do meu pai, prometendo o zelo e o cuidado eterno de mim e da menininha que ainda estava dentro da minha pele, corpo...

Estou sendo sepultada viva e sem a vontade de defesa. Não consigo fugir. Autorizei-me amarrar a alma e meu corpo já não responde mais.

Rasgaram-me o peito e retiraram dele, parte do meu coração, onde eu guardava a sete chaves, o humano amor que eu havia adquirido no tempo. Restou-me apenas uma cicatriz, ainda talhada em pontos e que só o antídoto salvifico, seria minhas lágrimas, mas elas, não caem dos meus olhos. Já não consigo enxergar motivos para sensibilizar minh’alma e meus dedos cansados redigem cartas de alforrias que não me darei ao luxo de assinalas.

O sufoco não me tira o ar e nem mesmo o fogo reage a minha carne. E minhas falas rezadas que aprendi com mamãe, saem da minha boca e batem na porta e se desmancham. Falta fé. Nada tem subido até onde possa estar o meu homem e por conta disso, a única coisa que cai sobre mim, é um gosto amargo que sobe do meu peito e invade a minha boca, mas gritar eu não consigo e assim, vou me alimentando dessa falta de compreensão. Estou morrendo, mesmo sentindo que a morte tenha se afastado e não sinto o meu coração bater, perder o ritmo e se descompassou. Perdeu o Tum-tum. Foi-se misturado a terra fria que cobriu o corpo magro do homem que permitiu sem o meu consentimento ir sem se despedir e nunca mais voltar... Fui junta, mesmo estando separada. Alio minha vida desmanchada com a ida...

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Disse meu nome e encheu minha boca de porra. Mas não era qualquer porra, daquelas que têm gosto de cola tenaz com água sanitária e farinha. A porra dele era doce. Doce mesmo, de verdade, gosto bom.” CA

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ave-Cruz

O frio anda queimando minha pele. Tremo, me arrepio, mas não ligo. Gosto do ar gelado que o mundo tem soprado. É menos tortura, menos mentira.
Uma coisa deu um nó em minha garganta. Não sei o que é. Acordei estranho, com um pingo de lágrima ausente que não quis sair. Pensei coisas, situações... Li, reli, escrevi, revivi no imaginário as minhas desilusões e mesmo assim, a gota salgada permaneceu estagnada. Acho que são as letras engolidas ao invés de gritadas.
Está doendo em um lugar que minha mãe não pode afagar e nem remédio pode curar. É do lado de dentro sabe?
Parece que a fome existencial está chegando e tudo que produzi até agora não está sendo capaz de suprir minhas necessidades de gente-humana que tenho galgado a me transformar.
Necessidades materiais e ausências afetivas. Desleixo espiritual e miséria (pseudo) intelectual. O mal está aí: ser interpretado de maneira escrota; achado entre as coisas sólidas que me afastam da inutilidade.
Meu escapulário arrebentou. Pode não ser nada, mas ele arrebentou sabe? Não é legal – foi um presente – e ele se foi. Não vou consertar as relíquias, talvez seja à hora de mudar de santo PROTETOR. Deixar de repetir as mesmas orações e tomar a benção de novos poetas. Conciliar o que ainda resta de mim, as costuras dos sonhos que ainda restaram. Mas estou confuso, perdido, eloqüente.
Necessito de uma paz nova. Daquelas contadas quando o fim é certo e não se verá mais a maldade impregnando as páginas. Cansei do início e lidar com os meios estão insuportáveis. Quero o fim. Sei lá! Talvez chegando ao fim, me apareça outra oportunidade para um novo recomeço.
Quero amor, paz, luz, firmeza... Quero histórias novas, sentimentos novos. Positividade sabe? Preciso mais do que idéias pessimistas e menos que situações otimistas. Preciso de chão, de mão, de coração. Pele, gente, sonho.
Ah! Eu só quero viver sabe? Saborear, experimentar, prosseguir e quando necessário, regredir.
Existe diferenças; existem péssimos dias; nada é para sempre bonito. A única coisa bela é perdoar; quem ama perdoa; quem ama vai ao encontro...

segunda-feira, 6 de junho de 2011


- Sua mão está suja.
- Aham…
- Não vai limpar?
- Aham…
- Aham?
- Aham. Cuida da sua vida que da minha cuido eu! 

sábado, 4 de junho de 2011

Sai – Cante e viva

Tenho reparado a platéia com medinho. Medo de sair e gritar pro mundo sua vida. Gente com receio de ser vaiado. Uma galera entorpecida pelo cheiro da naftalina. Ninguém sai. Estão todos parados. Acomodaram-se em algum sofá ou permaneceram deitados sobre os ácaros. Gente que fede uma burguesia utópica. Claro, para também ser burguês é necessária a ação.
Sinto que as coisas estão estáticas e monótonas, hey Jow: bota a cara no mundo e grite a todos os seus desprazeres. Faça a anarquia das suas velhas ideologias estamparem as capas dos jornais, revistas e livros de auto-ajuda. Só assim vamos cooperar para um mundo mais humano, pois até agora tudo foi só teoria.
Bote nas práticas instantâneas suas revoltas. Não pare diante da televisão e conforme-se com a notícia que está sendo dada. É hora de virar o jogo ou continuaremos sendo marionetes. E a culpa não é de quem achamos que seja. É nossa. Pessoal e intransferível. É só observarmos no que nos tornamos e no pouco que nos superamos.
Isso não se trata de um tratado socialista, menos ainda a bula de uma sociedade transviada. É apenas um carinha louco, que assumiu diante da lente da vida, o seu papel de protagonista. E quero o mesmo com todos os seres viventes e eloqüentes. É chato estar em cima do palco sozinho. Preciso de um par romântico e um vilão. Pessoas que cresçam e nos façam crescer. Ser figurante na vida real é para os fracos. Precisamos correr atrás do papel principal e se dedicar a ele, para mostrar para que viemos e para onde vamos.

Chega de engolir sapos, e um basta para quando não atentamos os nossos ouvidos para quem diz as verdades; as suas verdades. Preferimos nos trancafiar num quarto escuro e se render ao prazer solitário. Solidão faz bem, mas nem todo mundo de fato vive esse momento de forma certa. Estamos fugindo das coisas e isso só mostra o cara fraco e babaca que nos tornamos a cada dia.

Um passo de cada vez, mas passos firmes no cimento da calçada que anda pisando. Não atravesse por conta da boa educação. Está na hora de sermos quem realmente planejamos ser. Sair por aí cantando o Blues nosso de cada dia e fazendo o bom e velho Rock-and-Roll ressoar em todos os becos escuros. Os caras paz-e-amor que nos acompanhem. Pode descer o morro o Samba, o Rap e o Funk... Todos são bem vindos. A união faz a força. E a força quem deve fazer é cada homem.

Portanto, vamos bagunçar os papéis postos em cima da mesa e rabiscar os contratos de idiotas que assinamos. É o tempo cobrando de nós, nossa atitude de transparecer a vida que temos. Já dizia o poeta: “Morrer não dói”, e isso soa como um sino que nos empurra dos nossos conformismos e assumirmos os riscos. Tem gente que morre e só acontece isso para que viveu. Para aqueles que viveram da aniquilação de si próprio, sobra apenas um sumiço, não fez sentido para nada e nem para si próprio. Rejeito a hipótese do homem santo nessa terra. Aqui, é para os pecados que nascemos, vivemos e morreremos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011