terça-feira, 31 de maio de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011


Um dia eu não te desejarei. Terá outro em seu lugar. E até meu sobrenome não vai ser o mesmo. Mas agora, nesse instante ainda desejo você e suas manias; teu cheiro, teu corpo, tua boca. Desejo tudo que há em você!

sábado, 28 de maio de 2011

Re-la-ci-o-ne (Quase Alcione)

Coloco-me a pensar na dita arte de se relacionar. Pois é, nessa arte, cabe a cada coisa o ajuste das coisas desconcertadas e a sutil cara de pau de todos os interlocutores. Exatamente, relacionar consiste em matéria de vida e experiência contida nos encontros e despedidas dos loucos sonhadores que esboçaram uma rede de socializações com base no querer se unir a teia. Sozinho, de fato o que construímos são utopias e cartas registradas a ninguém. Pois é. Quantas e quantas vezes penso, logo não existo. Sou um anônimo no meio da multidão e me perco quando pronunciam de forma errônea meu nome e sobrenome. Não há construção de ponte sem o auxílio de mais de dois braços além dos que do cara que sonhou em tal obra. Pode ser que alguma tecnologia venha ajudar em algum momento de precisão, mas desconfio do ser, que em suas faculdades mentais estáveis, tente passar por ela. Nem sempre é fácil ser ponte, menos ainda o seu construtor, mas para o passante é algo perigoso e arriscado e o homem está com medo de se arriscar. Não se vive mais o amor, só se fala e ainda fala de um jeito sugestivo ao fracasso. E aqui falo por mim. Tem hora que é difícil acreditar que alguém ainda possa amar com o furor do fogo como já nos disse o poeta. Pois é, temos que nos envolver...
Uma coisa que acho incrível em uma de nossas primeiras ações para se aproximar de alguém que nos é estranho, vem das conversas paralelas nas quais travamos um assunto tantas vezes sem sentido, mas são legais e boas, retalhos que levaremos para a vida, tanto nossa quanto a dos outros. Não é de hoje as tagarelices que produzem eco nas entranhas sociais. Às vezes aprendemos mais irritando um professor com uma prosa irritante do que a aula propriamente dita. Bem, claro que isso surge um efeito um tanto que desconfortável e deve-se mesmo respeitar as normas de cada um, mas também não podem nos tirar o direito de “se” expor e falar. Às vezes falo tanto que percebo os calos na minha garganta, sei que irrito muito, mas esse sou eu. Não vou contra as regras, mas dentro de minhas limitações estou tentando me ajustar, adentrar ao requerimento do outro. Unindo a fome com a vontade de comer.
Dessas estranhezas que travei com o mundo fora de mim, nasceram também os dilemas. Nota dez para quem consegue que a vida se compadeça e não se entregue facilmente e sim, de outra chance. Nota dez aos obcecados em falar e nota dez aos que falam e sempre se estrepam no final. Talvez se tivéssemos a concepção de que somos para a maior nota da vida, compreenderíamos que podemos sempre buscar a superação e boa vontade de continuar. E nota onze e meio para o ser humano que consiga se relacionar e não pensa em fugir a todo instante. Gosto de saber e que saibam que cada um tem vida própria, exceto os bitolados, sistematizados e corrompidos por qualquer forma de coisa, esse tipo de gente merece apenas ser descrito em ensaios filosóficos ou em algum tratado antropológico, mesmo que eu venha a descrever esse tipo de ser em bulas de remédios para quem perdeu a vontade de sonhar e receitas azuis para que o afogamento das emoções não torne um fardo final.

“If we cut out the bad/Well then we´d have nothing left/Like I cut up your mouth/The night I stuffed it all in/And you lied to the angels/Said I stabbed you to death/If we go at the same time/They´ll clean up the mess.” Cut Up Angels – The Used

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

domingo, 22 de maio de 2011


Estudar. Trabalhar. Viver. Não antes de pedir a benção à meu Deus do Céu e aos meus amigos aqui na terra…

sábado, 21 de maio de 2011

Übermatcho (Super-matcho)

Com sua licença, mestre dos sem cabeça Friedrich Nietzsche, mas recorro a um de vossos incisos e burlo as regras do jogo. Ah! “Apresento-vos o super-matcho. O cara de duas bolas (ou uma, ou nenhuma, ou nem mesmo Deus sabe) entre as pernas deve se elevar (a condição de matcho). Que fazem para subir (de maneira anti-dogmática)? Todas as coisinhas vivas até agora (des)criaram alguma coisa ‘inferior’ a si mesmo; e vós quereis ser a menstruação do mundo e até mesmo entorpecer as mulas, em vez de superar o matcho...”¹

O vizinho da frente é macho pois sustenta a casa. O filho da patroa da minha mãe é matcho, pois deixou de lado o sonho de ser um grande médico para servir a pátria. O herói é matcho, pois salvou a mulher amada de um ataque do mal. O cara é matcho pelas coisas mais imbecis do mundo. Homens! Ouvi-me. Quando disse isso, a platéia sumiu. Todos correram, apenas restou uma menina, ou um menino. Tanto faz. Fixei os olhos no ser ali presente e disse: não vai com os outros? E um não foi consentido com a cabeça.

Macho. Perdoem-me os que são definidos pelo seu gênero dessa forma. Não se sintam ofendidos. É apenas a licença despoitizada de revelarmos o mundo bossal que vivemos. E para que o desconforto de vós, lindos animais da natureza seja poupado, coloco um “t” para a diferenciação. Ele na forma maiúscula torna o cara mais viril, mas nesse caso, ele é só um matcho-murcho!

Macho. Seu filho é gay. Não é meu filho. É seu filho. Carne de sua carne, sangue do seu sangue. Não. Não é! Macho. Sua mulher saiu para procurar um emprego. Não. Ela não precisa disso. Já tem uma casa para limpar. Minhas cuecas para lavar. E um filho para ser escrava enquanto não estou por lá. Macho. O macho do outro lado da rua está olhando para você. Vou lá resolver isso agora mesmo. Fica com viadagem para cima de mi? Sai fora! Macho. Olha que moça bonita passando... Porra. Já até fiquei de pau duro. Que delicia de putinha. Macho, ela não é puta. Tem idade para ser sua filha. Mas não é. Comia fácil.

Homem. Seu filho é gay. Ele é gente e independente das escolhas dele, é meu filho. Homem. Sua mulher saiu para procurar um emprego. Verdade mesmo. Não a obriguei, mas se ela quis assim, que seja feita a vontade dela. Podemos unir nossas forças e uma hora dessas fazer nossa viagem dos sonhos juntos. Homem. O homem do outro lado da rua está olhando para você. Talvez me tenta achado mais bonito do que ele. Olhar não arranca pedaço. Homem. Olha que moça bonita passando. Muito bonita. Deve ter a idade da minha filha. Por falar nisso, vou fazer uma surpresa para ela. Comprarei o vestido que ela viu na loja semana passada.

Humano, chora diante alguma aflição. Matcho, soca a mulher só para aliviar o stress. Humano, abraça o filho em suas superações, conquistas e até mesmo derrotas. Matcho só sabe humilhar, chamando de coisas que não cabe nem pronunciar. Humano respeita. Matcho só sabe criticar, julgar e meter bala.

Matcho. Vão todos para a puta que pariu. De fato, lá é lindo e bonito, serão bem vindos. Humano? Seja bem vindo a ao Planeta Terra, América do Sul, Brasil... Seja bem vindo a glória de ser homem!


1 Alucinação (minha) ao que disse Zaratustra (In: Assim Falou Zaratustra – Friedrich Nietzsche)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um mês

Um mês que tudo começou. Um mês que minha vida mudou, meu coração ressuscitou e minha alma encontrou sentindo. Um mês ao seu lado. Dias, horas, minutos... Momentos esses que ficarão para sempre guardados em meu peito como lembrança viva do que se transformou. Do amor que te ama; das promessas que seremos capazes de eternizar. Do sentido, dos pés nos chão. De cada coisa. Cada detalhe. Cada respiração sua que invade minha boca. De todas as suas palavras e também do seu silêncio que a principio me desconcertava, mas que aos poucos, foi me ensinando que no seu sorriso eu podia encontrar também o meu eu. O medo se foi, a angústia também. Você apareceu. Um mês, pouco para os que assistem, mas muito para quem vive como nós estamos vivendo nossas vidas, um com o outro. E, antes que me falte as palavras, tendes para sempre a minha gratidão. Por estar do meu lado e por me deixar fazer parte da sua vida. Por escrever junto comigo a minha história. A gratidão do amor recebido e do amor doado. Do abraço trocado, das mãos que deram sustentação. Pelo seu coração que bate forte junto ao meu. Um mês, apenas um mês para que se eternize e mostre para o mundo que a gente é a gente e nos amamos. Um mês apenas para gritar que é para sempre. É um mês, apenas um mês para os que não encontram a sensibilidade no amor verdadeiro, mas para nós; é mais que isso; é nós e nossos avessos. O meu amor, que eternizo na sua presença.


Alêh, te amo!

Fiat Lux… Na vida, no amor, no trabalho, nos estudos… Em todas as coisas boas…

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fodidoamor

Quem fodeu seu amor?
Quem? Me diga. Quero matar quem fez isso.
Não podia ser normal, como aquilo que onde falta o amor as pessoas simplesmente se separam?
Mas foderam com o seu. E isso eu não acho justo.
Preciso descobrir quem fez isso e por que o fizeram.
Que culpa tem os outros por lhe terem fodido o amor?
Oh! Talvez precise retornar e tentar novamente.
Acredito que o amor fodido pode estar em precisando de cuidado.
Por isso deve-se deixar que alguém cuide dele.
O “poeta” faz bem isso.
Cuida do amor. Dá sentido a vida. E organiza o caos.
Bem, o caos é bom; mas o coração é um lugar onde habita coisas boas; por isso lá é responsabilidade do poeta.
Palavras movem; ações arrastam. O poeta veio para isso.
Se abra e viva… O poeta está para salvar e dar amor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ele: Você já amou muito alguma coisa em sua vida?
Ela: Já!
Ele: E você já amou muito a sensação de uma droga?
Ela: Não!
Ele: Então; eu amo muito essa droga; eu amo o efeito que essa droga faz.

sábado, 14 de maio de 2011

Apresentação

Mazelas. Condimentos presos aos nossos poros. Pecado. Caímos com ele. Nascemos assim. Julgados e já condenados. Deus. Onde está a misericórdia? Homens. Onde enfiaram a compaixão? Dou-vos um mandamento novo: comam-se.
Preferiram entre si pela causa e o efeito, portanto, engulam as vossas causas e explodam com seus efeitos pirofágicos. Não recorra ao santo protetor, pois já ele, não olha para cara dos homens que datam a terra. Nem o tempo, aliado a nossa imperfeição nos garante mais nada.
Costuremos as injustiças aos nossos métodos filosóficos de ver, agir, pensar e até que enfim, defecar asneiras. Povo! Ah, meu povo que tanto tenho me orgulhado. Meus olhos brilham diante dos vossos fetiches e sadismos. O que trazem dentro de si, a não ser vocês mesmos? Não queiram dar de machinhos putos ou virgens molestadas. Corremos sempre na direção do vilão da história. Ajoelhe diante do seu inimigo e clame por um espírito liberto e ataque a Igreja que prega a Boa Nova, pois elas hoje só nos servem de ataque violento ao pudor. Conte até um e lance-se no meio da multidão. Seja honesto contigo mesmo. Assuma a condição espetacular de acabar com milhares de seres humanos. Homens bombas. As! Esses estão a todo tempo do nosso lado e só os corações contritos são capazes de nos reconhecer. Que lindo. Que belo. Que excepcional a reza dos bandidos e as palavras de mal dizer dos santos sacerdotes. Quem vos anda abençoando? De que é que tendes se alimentado? Bem aventurado seja o homem que come o homem. Deles serão o Reino da Terra.
Um brinde aos inconstantes que agora amam e ao recorrer essa mesma frase já odeia. Um viva de alegria para todas as crianças da face da terra que tem os seus sonhos adulterados pela ganância do nosso coração. Abraçai-vos, uns aos outros. E antes que seja tarde, corra. Pois esse mesmo abraço pode lhe custar à vida. Alguém carrega consigo, um estilete, afiado sobre o pensamento de sua destruição.
E por falar em destruição, antes que isso tudo seja motivo de ataques, peço e concedo-me a licença de exprimir minhas saudações, bravo terráqueo. Quem tem boca para ouvir e ouvidos para falar? Recorro-me aos ideais antigos e aos sonhos não esquecidos. Reviro e quebro a lógica do que se seguia, e vai continuar sendo assim. Quando acreditar que é uma coisa, lançarei o oposto. Não vou confortar. Do mesmo jeito que não mendigo atenção. Um aplauso a liberdade de expressão nem sempre consubstancial e jogada ao léu. Queimemo-nos todos em nossas cruzes e dirigimo-nos nossas próprias páginas de um Evangelho particular. Congratulo-os pela incompetência e desnatureza. O mundo é feito de loucos e até agora vi parasitas preconceituosos se alimentando de vagarosas satisfações baratas e fétidas. Um beijo no coração de todos que ainda o sente palpitar. Uma hora dessas, ele pode parar!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Difereir

Talvez possa feria ou simplesmente diferir.
Nada é certo. Nada é concreto. É tudo fumaça.
Pode pensar que a destruição seja o novo começo.
E eu possa achar que a (des)destruição não seja necessária.
O que vale, é saber contrapor as estranhezas e deixar seguir.
Nada é verdade absoluta. Nada é o melhor. Simplesmente é bom. Como pode ser ruir, caos e fútil.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Alcunha

Era Alcunha, retirante de uma terra sem nome como ele próprio, sem documentos e algumas roupas em sua mala de viagem sem volta. Andava por aí sem um ponto de partida sólido e um final concreto, não tinha exclamação e sobraram-lhe apenas as reticências, mas mesmo assim vivia, um tanto que às avessas. Os nos em sua garganta era o laço decorativo de um presente incerto e sob o arranha-céu da cidade grande, a figura de si mesmo, era arranhada quase que aos pedaços e as pedras que fincavam em seu calcanhar, desenhavam no chão, os derradeiros passos do itinerário humano que ali se encontrava.
Não tinha cama e seu leito era parecido como o da morte de tão fria que somente em sua condição subumana poderia desdenhar a sua alma. Torto, encolhido. Deitava a beira das portas e que coisa chique eram aqueles letreiros iluminados que expunham seu rosto a quem quisesse ali assistir a vitória do homem esquecido por entre os milhares de outros ali jogados, como se tivessem como o teto o negro do céu sem estrelas e coberto pela cinza dos homens elegantes.
Vez ou outra se aventurava e se perdia. Não tinha dono, nem rei, nem dor de barriga. Era livre como o pássaro esquecido na gaiola e solto como o cachorro amarrado em um tronco qualquer. Seu Deus o abençoou com a fome e a tristeza. Os seus anjos eram as entidades que aos finais de semana, decoravam as praças com uma comida estranha, mas suficiente de fazer qualquer um de seus irmãos por ali, se render e adorar o prato cheio de coisa qualquer. O pão do céu misturado no arroz e feijão. O vinho sagrado era o suco em pó mal dissolvido. Era o milagre que a barriga vazia rezou a semana inteira.
Entre as estreitezas da vida e corpo que caminha sem rumo, é a voz embargada de um homem sem todos os dentes e cabelo desgrenhado pelo tempo, que se ouve a canção do mundo. Aquela que fala de saudade e que não se pode chorar. Do amor que nunca pôde amar e dos seus que ficaram e o deixaram ir sem ao menos segurar em suas mãos para se despedir.
Não. Nada abatia aquele sujeito sem adjetivos pessoais. Carregava no peito, uma vontade de viver e morrer. Cada coisa na sua hora. Cada hora a seu pesar e cada esquina, o deitar para nunca mais voltar. Não queimou na cruz e nem subiu aos céus. Ficou ali e permaneceu, cresceu e ouvir dizer, mas nada aconteceu. Escreveu sua vida entre os fios de sua história. Aconteceu, que num dia desses, ele enfim se rendeu a verdade que só faltava ele testemunhar a favor, de que era um conto sem eira nem beira e que nenhum outro louco iria contar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cla(reia)

Que gosto tem deixado no copo?
Será que a lata tomou sua forma?
Questionamentos de uma mente insana e de uma brisa suave.
Leve; talvez assim sinta o corpo de quem te tira para dançar.
A festa está acontecendo e nós vamos estar lá. A noite vai ser boa.
Olhos voltaram-se para nossa presença e muitos serão os que nos julgarão.
Não temos medo, estamos a brindar o fim do entardecer, com uma garrafa de um destilado vagabundo, pois o que vale é a sensação daquele momento.
Que venha a ressaca do dia seguinte. Talvez uma bad trip. E um cansaço de tirar-nos a alma.
O que vale Clara, é clarear!

domingo, 8 de maio de 2011

Apenas livre para pensar os gritos

Sentirei sua falta.
Vou morrer.
(Sobreviverás)!
Como sabe?
Leva contigo parte de mim
Minha razão e minha emoção
Até meu lado bem e mal te acompanha
Tudo se esvaí e vai
Contigo vai o que sou
Restando apenas o corpo
Que nada é sem tudo que está levando.

sábado, 7 de maio de 2011

Nota de falecimento

A sociedade unilateral dos homens quadrados consternada pelo falecimento do que se diz respeito à cultura, convidam parentes e amigos para o seu falecimento.

Bom dia! Boa tarde! Boa noite! O que sabemos sobre cultura? O que nos dá direito de dizer que esse ou aquele grupo é ou não um amontoado cultural? Ficou fácil dizer que certas pessoas são sem cultura e que nós somos doutores da pluralidade. Sabemos o bastante e por isso o outro que não tem muito acesso, não sabe nada.
Quanta gente se ocupou em ler Nietzsche, Fante, Bukowiski, mas não leu a vida. Gente trapaceira e ordinária que se entregou as orgias ditas rodas literária, mas que construiu seus castelos na areia e viu tudo desabar quando um ser ignorante passou e sorriu sutilmente. O que fazemos? O chamamos de loucos e incoerentes. E por hora basta. Aliamo-nos as coisas mais preconceituosas do mundo e é o mundo o culpado por todas as injustiças. Desculpe-me meu caro, mas a coisa parte de um único ponto. Os grandes erros são os “letrados” de coisas intelectuais, mas burros no que diz respeito à vida.

Outro exemplo clássico de associar isso ou aquilo a cultura estão nas grandes obras de arte. Aqui, quadros belíssimos que são interpretados com profundidade por pessoas que entendem um pouco do assunto, porém, tem gente que sabe pintar a alma. E não digo da alma prosaica que talvez suba aos céus ou desça aos infernos. Falo daquilo que anima, que da sustentabilidade ao corpo. Penso que cultura é uma coisa de massa. Não de meia dúzia de seres pensantes, que bebem, falam algumas bobeiras, hora ou outra tende a ser mais sério só para não perder a credibilidade. Cultura é coisa do povo e não de alguns lugares que tocam coisas antigas. Não nego. Sou apaixonado por um Brasil mais distante. Mas o Brasil que culturalmente foi, era de fato da massa. Não se atreviam a estar com os homens de posse. Cultivava o povo, a razão social. Hoje, a música é boa, mas a obra em si é singular. Serve apenas para quem tem dinheiro e assim, afasta os menos providos de bens. Por essa e outras razões digo que cultura ainda existe, mas não está nas mãos dos grandes pensadores modernos, nem tampouco dos escritores contemporâneos. Não generalizando, creio que ainda tem gente do “povão” e é dessa gente que precisamos tirar algo que nos seja proveitoso.

Portanto, antes de julgamentos sobre a cultura alheia. Atente primeiramente a seu umbigo e perceba que você é só uma caixa de pensamentos e sabedorias, mas que não move em nada o mundo que vivemos. Digo por mim, e digo por vós também. O mundo não gira em torno de Sartre, Clarice Lispector, Karl Marx se não disponibilizamos o que sabemos para os que não sabem. Acredite. Sempre o outro conhece alguma coisa que a gente nunca ouviu falar e que só vai nos acrescentar, mas se quiser se reservar em um bar, numa roda onde só o que importa são os seus assuntos, assim o faça, mas tende sempre a consciência que tu não detém o poder de julgamento daquilo e daqueles que não conhece.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Jenifer e Jéssica Néri


"Óh pedaço de mim..." Minha pequena, minha flor, meu bebê, minha menininha! Sabe de uma coisa? Não precisamos gritar aos ventos o que somos um para o outro. Sabemos, entendemos e nos amamos. O que importa é nosso amor, que é para sempre.


"Singela, doce e pura..." - nossa amizade é assim: eu do meu jeito louco, você do seu jeito mulher. Nós do nosso jeito amigos. Aquilo que diz que os dispostos se atraem é verdade. Somos tão diferentes, mas somos mais que isso, amigos. Bonito. Aí encontro uma verdade que não há contestação: te amo!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bruna


Quando isso começou? Ah... O tempo passa mas não muda. Somos mais que a razão humana pode entender. De fato, você é um pedaço de mim. Conhece minhas essências, meus sonhos, minhas utopias, meus medos. Me conhece e eu te conheço. Te amo para sempre!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Momento, momento...

Tem gente buscando de forma errônea a culpa pelos seus desafetos. Culpar os outros por sua carência, é o passo mais fácil e menos deturpador da imagem pessoa de cada um. Assusta. Causa espanto e numa cadeia de relacionamentos “saudáveis”, afasta de perto aqueles que porventura tínhamos como base sólida de nossas razões emocionais.
É uma ânsia de desgostos depositados em quem não tem culpa por algo que não foi curado em certo momento da vida. Uma atenção que cabe na primeira pessoa do singular distribuída para eles, outros e aqueles. Nunca uma responsabilidade nossa. Daí surge os julgamentos como que estão nos deixando de lado; não nos querem mais por perto; se encontraram e não me ligarão.
Onde está a nossa obrigação de cuidar de nossos sentimentos? Quem está destruindo quem? O amigo que não nos liga para um convite informal onde todos são bem vindos ou nós que só buscamos nos refugiar em nossas lastimáveis desculpas em culpar todos a nossa volta? Meu povo precisa aprender que a carência, aqui chamada de “carência às avessas” deve ser tratada em casa. Penso que não cabe aos amigos, parentes ou quer que seja, delimitar a lacuna que nós próprios temos alargado, dado espaço. É hora de acordarmos para a vida e perceber que o “eu” é portador das escolhas e não me estranho em saber que algumas pessoas tendem a facilidade do afastamento daqueles que estão mais que a si próprio, magoando os outros. É o processo de autodefesa. Ninguém da aquilo que não tem. E aqui, uma pessoa “carente” – e é entre aspas, pois é a maneira mais próxima que encontro para despejar sobre aqueles que ainda vivem o paradigma de coitados – nesse estábulo de estranhezas, sente-se no direito de esboçar no espaço coisas e preconceitos descabidos. Interligando entre os fatos verdadeiros, uma idéia fixa do que não existe. Oras, olhe para dentro de ti mesmo, e perceba como é que tem vivido esse “seu” processo de dependência emotiva com tudo aquilo que está do lado de fora. Acha justo denominar o que não é pelo seu processo infantil que não está apurado? Que não aprendeu a diferenciar que o outro agora tem vida própria e com isso escolhas? Não. O espelho está para todos, como o reflexo de nossas idéias está para nós mesmos. Não cabendo-nos a escolha de artefatos corriqueiros de depressivas dissertações.
Portanto, antes de julgar o além, olhe para o seu umbigo e perceba que quem se afasta é você. Suas demonstrações de afetos estão encerradas sob a coxia e detrás dela, só sai quem aprendeu com a vida a ser protagonista. Pessoa. Essa mesma dotada de inteligência não está aqui para brincar de encenar a vida a não ser encarar a dura a árdua missão que é o palco. Estréias aconteceram e ali permanecerão os bons. Sósias, e personagens secundários serão esquecidos. Até mesmo o vilão do grande drama vive, em sua plenitude a vida. Pode ser que morra no final, mas o seu papel foi cumprido. Agora, levante essa cabeça e encara como ser pensante que é a realidade que não gira em torno do nosso umbigo e nossas catacreses. Não somos almas para viver de forma não exata. Nosso corpo combina com o que nos anima e se nos dá vida, impulsiona para fora de nossos medos e nossas imbecilidades que aqui chamo de momento, momento... “Carência às avessas”.

Told, Tata, Aline


A constituição sanguínea é a que trago de casa, mas a da alma é o laço que compõe nossas amizades. E aí está minha nova família, minha máfia, as partes minhas que estão do lado de fora. Aí estão, meus amigos-família!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Nãna


Entre as verdades e mentiras do meu povo. Escolhi suas palavras, seu abraço. Eternizei sua presença em minha vida. De resto nada importa. Só a sensação; essa boa que me tens quando me acolhe em minhas misérias. Amizade, sem dar nem por. Apenas (e isso é muito) amor!

domingo, 1 de maio de 2011

Júlia


Somos seres errantes e por todos nossos erros, acertamos quando nos olhamos, nos falamos e nos amamos. Uma amizade além fronteira. Um afeto bom. Um gosto perfeito.